sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

CASO ADRIELLY

Morre a menina Adrielly, que esperou 8 horas por socorro após ser atingida por bala perdida no RJ (Foto: Reprodução Globo News)
 
CASO ADRIELLY

Ponto eletrônico, esquemas, omissão ! Essas palavras tornaram-se comuns nos últimos dias quando a falha no atendimento médico ficou em evidência. O caso teve imensa repercussão na mídia que vem tratando os médicos estatutários como se fossem bandidos mafiosos.

A atual prefeitura está desmontando o modelo atual de médicos concursados e tentando privatizar os hospitais públicos através de Organizações Sociais. No mesmo ambiente de trabalho um concursado recebe um terço do salário de um contratado, sendo que ambos exercem exatamente a mesma função, isso só pode resultar na desmotivação profissional.
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Ficou claro mais uma vez que o modelo do SUS seria perfeito se não fosse administrado por homens e não tivesse dinheiro a vista. Espero que esse espaço na mídia possa ser aproveitado para exigirmos uma melhor remuneração e valorizarmos a classe. Os grandes beneficiados não serão só os médicos, será o povo que receberá um melhor tratamento.

Vamos levantar a discussão e repensar sobre a atenção médica: SUS, seguros de saúde, médicos insatisfeitos e desvalorizados, formação nas faculdades, residência médica, especialização, médicos estrangeiros, programa de saúde da família. É preciso refletir, repensar, discutir e reformar o modelo atual e essa é a hora.

Para a mídia fica o recado: Nos hospitais públicos municipais do Rio todos os anos são muitos pacientes operados, curados e satisfeitos, principalmente com os médicos que o assistiram, seria interessante mostrar isso também.
 
Dr. Bernardo de Andrada

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